Bancários e trabalhadores da Caixa são vítimas de intolerância e agressões

Com a tarefa de efetuar o pagamento do auxílio emergencial concedido pelo governo federal a 50 milhões de beneficiários em 20 dias, os bancários da Caixa formam um grupo de trabalhadores que estão expostos à contaminação pelo Coronavírus (Covid-19) e têm sido vítimas de agressões por parte da população.

Seja porque não tem direito ao benefício ou pela lotação das agências que gera filas e demanda espera pelo atendimento, bancários estão sendo agredidos. No Rio de Janeiro já são 3 bancários mortos pelo Coronavírus, 3 óbitos em São Paulo, 3 bancários que faleceram no Pará, 1 no Amazonas, 1 no Espírito Santo e 1 na Bahia, totalizando até o momento em todo o Brasil o falecimento de 11 bancários pelo Coronavírus.

Como se não bastasse toda a exposição à doença, no Amazonas 1 bancário recebeu um soco no ouvido enquanto estava trabalhando e em Sergipe 2 agências bancárias foram incendiadas no dia 30 de abril. Felizmente o incêndio foi controlado e não houve nenhum ferido. Mas os bancários da Caixa não podem continuar sendo desrespeitados e violentados durante o exercício de sua jornada de trabalho.

A Associação do Pessoal da Caixa (APCEF/SE) vem a público repudiar com veemência toda ação violenta contra os bancários da Caixa. E da mesma maneira expressa o repúdio contra o presidente da empresa Pedro Guimarães que além de não garantir condições de trabalho seguro aos bancários, quer atropelar o acordo coletivo para obrigar os bancários a trabalharem no final de semana e não tenham direito a uma jornada diária de trabalho de até 8h. A Associação do Pessoal da Caixa responsabiliza a empresa pelos 11 bancários mortos porque se contaminaram durante a jornada de trabalho e repudia a declaração de Pedro Guimarães de que a exposição dos bancários da Caixa irá aumentar para além dos direitos trabalhistas há muito conquistados.

Quanto à declaração infeliz do presidente da Caixa, a APCEF/SE reitera as palavras de Sérgio Takemoto, presidente da Fenae (Federação das Associações do Pessoal da Caixa). “A Caixa está tentando impor uma condição de trabalho absurda. Foi o governo quem centralizou o atendimento, criou uma grande burocracia e demorou a autorizar o benefício. As filas são uma consequência infeliz da falta de organização do governo. Apesar disso, os bancários estão arriscando suas vidas para trabalhar, e essa responsabilidade não é deles”, afirmou.

A APCEF/SE faz um apelo para que os veículos de comunicação de Sergipe ajudem na difusão de informações vitais neste período de pandemia do Coronavírus para que só procurem a Caixa Econômica aquelas pessoas que realmente têm direito ao benefício. O acesso às agências só pode ocorrer com a devida proteção através do uso de máscaras. E nestas ocasiões é fundamental ressaltar que a população deve agir com paciência, educação e respeito a estes profissionais que diariamente arriscam suas vidas atendendo centenas de cidadãos brasileiros.

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