A Caixa Econômica Federal é a instituição financeira que mais ajudou às micro e pequenas empresas durante a pandemia. Nesta quarta-feira (21), o banco público atingiu a marca de R$ 25 bilhões em crédito para cerca de 200 mil empresas.
Só pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), a Caixa emprestou R$ 12 bilhões, desde o dia 16 de junho, para empresas com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano (considerando a receita bruta apurada no exercício de 2019). O limite desta linha de crédito já foi atingido, mas o Congresso discute a terceira fase do programa.
Pelo Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), o total de empréstimo foi de R$ 10,5 bilhões. Já pelo Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o banco disponibilizou R$ 2,5 bilhões.
“Este é um dos papéis do banco público – ajudar e facilitar o crédito às empresas que mais empregam, que movem a economia deste país. Mas ressaltamos que a oferta de crédito e as medidas emergenciais do governo para o setor são tímidas e insuficientes. Muitas empresas tiveram que fechar as portas e outras estão acumulando dívidas durante a crise, enquanto os programas estão chegando ao fim. O Governo precisa melhorar e oferecer mais alternativas para essas empresas”, opina o presidente da Federação das Associações do Pessoal da Caixa Econômica (Fenae), Sérgio Takemoto.
A avaliação de Takemoto está de acordo com o gerente de Políticas Públicas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Silas Santiago. Embora as micro e pequenas empresas comecem a se recuperar da crise lentamente, a situação ainda é crítica. “A retomada não está se dando de forma homogênea, tanto em regiões quanto em setores. A situação não está boa ainda. Há um risco de segunda onda de fechamento de empresas”, disse Santiago durante uma audiência pública realizada na semana passada no Senado, pela comissão mista de ações para combate à Covid-19.
Melhora no acesso ao crédito
A mais recente pesquisa do Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) – veja aqui -, mostrou que houve uma melhora de 9 pontos percentuais no acesso ao crédito para os pequenos negócios. Entre 31 de agosto e 1º de outubro, 31% das micro e pequenas empresas que buscaram empréstimos tiveram o pedido aprovado pelas instituições financeiras.