“Saques superam entradas no FGTS em quase R$ 11 bi de janeiro a julho” . Este é o título da matéria divulgada nesta quarta-feira (18) pelo jornal Valor Econômico, que traz declarações do presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto. Na entrevista que concedeu à jornalista Edna Simão, o dirigente destaca o papel social do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
Para ele, as medidas de impacto de curto prazo trazem preocupação com a sustentabilidade do fundo no longo prazo, o que pode reduzir os investimentos em áreas como habitação, saneamento e infraestrutura urbana.
“Estão desvirtuando totalmente as finalidades. O fundo está sendo usado como fonte de recursos para programas emergenciais, programas que não preparam o país para a saída da crise”, ressaltou Sergio Takemoto na matéria do Valor Econômico. Para o presidente da Fenae, as medidas adotadas pelo governo Bolsonaro não geram emprego ou fortalecem o fundo.
Ele explicou que o governo tem sempre recorrido ao fundo, citando o saque emergencial, como um tipo de paliativo um “voo de galinha” para crise em vez de pensar em medidas que realmente ajudem na retomada sustentável da economia. Em 2017, a equipe do ex-presidente Michel Temer também utilizou recursos do fundo para aquecer a economia num período de crise.