O jornal Brasil 247, a Revista Fórum, o blog o Cafezinho e veículos regionais como Jornal do Comércio do Ceará, Novo Cantu Notícias (PR) e blog Poliarquia noticiaram, nesta terça-feira (2), o envio de ofício da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) ao Ministério da Saúde, no qual é feito alerta para a necessidade urgente e imediata de plano nacional de imunização e respeito a normas de proteção à saúde dos trabalhadores. No documento, a Fenae e outras entidades representativas cobram rapidez no calendário de vacinação dos empregados do banco público, diante do recrudescimento da pandemia e da possibilidade de retorno do pagamento do auxílio emergencial.
Os diversos veículos que repercutiram essa notícia trouxeram a opinião de Sergio Takemoto, presidente da Fenae, segundo a qual o Brasil vivencia um retrocesso em relação à fase inicial da pandemia, com “o governo sem plano de vacinação em massa e querendo jogar a responsabilidade desse caos institucional para a sociedade, sem a mínima consideração para com a vida das pessoas”. O ofício enviado ao ministro Eduardo Pazuello solicita a inclusão dos empregados da Caixa no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19. Essa reivindicação da Fenae e de entidades sindicais, também direcionada aos governos locais e dirigentes bancários, visa o respeito às normas de proteção à saúde dos trabalhadores e da população, aliada à adoção de novos protocolos em razão das variantes do coronavírus.
A mídia deu destaque ao fato de a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e o Sindicato dos Bancários de Brasília se juntarem à Fenae para exigir da direção da Caixa que priorize os protocolos para que a segurança dos empregados esteja em primeiro lugar. A defesa da medida, segundo Fabiana Uehara, secretária-geral do Seeb/DF e coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), está baseada na situação de que os trabalhadores do banco atendem um público volumoso e em ambiente fechado, com frequente exposição ao coronavírus no contato com outras pessoas, cédulas, documentos e caixas eletrônicos.
Coube ainda ao Sindicato de Brasília encaminhar ofício ao Governo do Distrito Federal e a todos os bancos da base do DF reivindicando condições adequadas de trabalho. Também foi solicitada audiência com o governador Ibaneis Rocha, que decretou lockdown em Brasília, no último dia 28 de fevereiro. Recentemente, ainda por normas de proteção, a Fenae, a CEE/Caixa e outras entidades representativas denunciaram a cobrança, por parte da gestão Pedro Guimarães, de metas desumanas e incompatíveis com o contexto da pandemia da Covid-19. Essa ação está associada com a defesa que o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) fez, em carta aberta, por um pacto nacional para evitar o colapso das redes pública e privada de saúde no país.
Os veículos de imprensa destacaram também declaração de Juvandia Moreira, presidente da Contraf/CUT, que nesta semana participou de reunião virtual do Conselho Deliberativo Nacional (CDN) da Fenae. Ao lembrar ser crítica a situação em todo o país, devido a decisões erradas tomadas pelo governo federal, a dirigente toca na ferida: “O combate à pandemia não tem uma coordenação e faltam medidas efetivas para diminuir a transmissão. Vacina para todos é urgente”. Juvandia Moreira é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Todas essas cobranças, entretanto, estão baseadas no entendimento de que os serviços bancários são essenciais para a população e os empregados da Caixa permanecem sempre na linha de frente da assistência a milhões de brasileiros. Em 2020, por exemplo, em virtude da crise econômica e sanitária, mais de 160 milhões de pessoas contaram com o banco público para o recebimento do auxílio emergencial e de outros benefícios sociais.