A conquista de um plano de saúde para todos e garantido no Acordo Coletivo de Trabalho foi o principal avanço nas negociações com a Caixa a respeito do Saúde Caixa. Na avaliação do presidente da Fenae, Sergio Takemoto, a intensa mobilização dos empregados nas redes e nos locais de trabalho foi determinante para vencer a intransigência inicial da empresa. “Mostramos que dispensamos lágrimas de crocodilo. Preferimos que respeitem nosso trabalho e dissemos não ao tratamento diferenciado à saúde dos empregados”, afirmou.
Após muita pressão dos empregados, foi garantida inclusão dos novos empregados, inclusive PCDs; o modelo de participação em 70/30 e a não aplicação até 2022 do teto de 6,5% da folha e proventos para despesas da Caixa com o plano, previsto no estatuto do banco. A proposta prevê uma contribuição do titular de 3,5% do salário e 0,4% por dependente, com teto de 4,3%. A coparticipação, que passa a ser 30% de cada dependente, não será cobrada para internação e tratamento oncológico. No atendimento ao pronto socorro, a coparticipação de R$ 75. O teto por grupo familiar será de R$ 3.600.
Na avaliação da coordenadora da CEE, Fabiana Uehara, a proposta mantém os princípios do Saúde Caixa de pacto intergeracional, solidariedade e mutualismo e consegue incluir os novos contratados no plano, inclusive os PCDs, que entraram após 2018.
Limitação absurda da PLR
A Caixa acatou a reivindicação da CEE/Caixa e manteve a PLR e a PLR Social para os empregados do banco. A proposta acompanha o que foi pactuado na mesa única da Fenaban. A Comissão Executiva dos Empregados protestou com relação à restrição feito pelo governo Bolsonaro, por meio da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), de limitar a PLR e PLR Social em três Remunerações Básicas (RBs) por empregado. Após muita negociação, a Caixa concordou em seguir o que for pactuado na mesa única com a Fenaban a respeito da PLR Social, mas mantendo essa restrição.
“Entendemos que é um absurdo a SEST fazer essa limitação. Qual a lógica e necessidade disso? Prejudica especialmente os empregados com remuneração menor. É absurdo que a SEST e governo façam este tipo de coisa ainda mais considerando que são os empregados da Caixa que estão na linha de frente no pagamento do auxílio emergencial.”, explicou Fabiana.
“A PLR Social é uma conquista dos empregados da Caixa por todo o trabalho desenvolvido pelo banco na parte social. Enquanto existir desigualdade no país, banco como a CAIXA é mais que necessário. A PLR Social é o reconhecimento disso. Entretanto, considerando o momento de pandemia gostaríamos que a direção da empresa olhasse com mais preocupação os colegas que estão na rede. Eles estão extremamente estafados e necessitam que a Caixa tenha um cuidado maior”, afirmou a coordenadora da CEE/Caixa.
Reivindicações
Na madrugada de sábado, a Caixa garantiu a manutenção de todos os benefícios que estão atualmente no ACT.
Outra cobrança da Comissão foi o fim da abertura aos sábados das agências. A Caixa informou que o pedido está em avalição e o objetivo é adequar as próximas portarias para que não haja a abertura. Até esse momento, a intenção é trabalhar alternadamente até excluir a portaria.
A Caixa voltou a sugerir que os Fóruns e Grupos de Trabalho sejam revistos e alguns Grupos de Trabalho (GTs) encerrados. A proposta foi recusada pela CEE.