Criado em 7 de abril de 1948 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar a sociedade sobre qualidade de vida e sobre fatores que afetam a saúde da população, o Dia Mundial da Saúde foi ainda mais simbólico este ano, especialmente no Brasil. Nesta quarta-feira (7), a CUT, demais centrais, e os movimentos que fazem parte da Frente Brasil Popular fizeram protestos em várias cidades contra a inoperância do governo de Jair Bolsonaro no combate à pandemia do novo coronavirus, que já matou quase 340 mil pessoas.
Com atos simbólicos, tuitaço e mais de 50 manifestações presenciais, as mobilizações também reforçaram que a saída da crise sanitária depende do fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e cobraram um plano de vacinação pública, gratuita e em massa contra a Covid-19, doença provocada pelo vírus.
A hashtag principal do movimento foi #VacinaSalvaBolsonaroNão, com um tuitaço às 11h. Logo cedo, dirigentes sindicais estenderam faixas, cartazes e banners em viadutos e passarelas, fortalecendo as reivindicações da classe trabalhadora.
Com aproximadamente 3% da população mundial, o Brasil concentra 30% de novas infecções registradas diariamente em todo o planeta. Especialistas na área de saúde apontam que abril pode ser o pior mês da pandemia até agora e que, se nada for feito, o Brasil terá um total de 600 mil mortes até julho.
Houve também protestos contra a reforma administrativa de Bolsonaro, que mira na retirada dos direitos dos servidores e no desmonte dos serviços públicos para entregá-los à iniciativa privada.
“A CUT definiu em suas resoluções elencar o ‘Fora, Bolsonaro’ como luta central. É imprescindível associar isso a todas as lutas, como as pela vacina e pelo emprego, porque com ele no governo não vamos conseguir reverter essa situação”, diz a secretária de Saúde do Trabalhador da CUT, Madalena Margarida Silva. Este é o momento em que a CUT e seus sindicatos filiados reforçam a defesa da vida e a proteção aos empregos, afirma a dirigente. “Temos um mote esse ano que é ‘salvar vidas, proteger o trabalho, vacina para todos e todas e em defesa da quebra de patentes” ressaltou.
A secretária de Saúde da CUT aponta o lockdown como essencial para a defesa da vida dos trabalhadores e alerta que a defesa do emprego, com proteção social também é fundamental.