O governo federal anunciou a prorrogação do auxílio emergencial de R$600 por mais dois meses. A informação foi feita nesta terça-feira (30), em cerimônia no Palácio do Planalto. Ainda é preciso publicar um decreto para que o benefício seja estendido. De acordo com o governo, os créditos adicionais serão feitos entre julho e agosto, mas ainda não há um calendário do pagamento. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o pagamento poderá ser escalonado em quatro parcelas durante os dois meses.

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto, defende a continuidade do auxílio emergencial até o fim da pandemia sem diminuição do valor.

“Nós não podemos permitir nesse momento de crise que o governo suspenda esse auxílio ou que faça uma redução no valor das parcelas. Estamos juntos com todos os movimentos sociais, sindicais, defendendo a manutenção dos R$ 600 até o fim da pandemia para que a população possa sobreviver nesse momento”, afirmou Takemoto.

Ainda segundo o presidente da Federação, a prorrogação é de extrema importância para a população, mas a Caixa precisa oferecer melhores condições de trabalho para os empregados.

“Defendemos a contratação de mais empregados. A Caixa perdeu 20 mil empregados e não houve reposição. A falta de empregados compromete a qualidade do atendimento à população”, avaliou o presidente.

A diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e representante na Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Fabiana Uehara, concorda com o presidente da Fenae ao dizer que o a Caixa precisa dar mais atenção aos empregados.

“A prorrogação é fundamental para a população neste momento. Mas, de maneira geral, reivindicamos que a Caixa resguarde a saúde dos trabalhadores e forneça sistemas que funcionem”. Fabiana criticou o aplicativo Caixa Tem que vem apresentando instabilidades e dificultando o acesso para a população.

Pagamento escalonado

Na cerimônia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou esperar que após esses dois meses de prorrogação a economia esteja reagindo e que o país volte à realidade.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o pagamento poderá ser feito em fases durante os dois meses. “Nós podemos perfeitamente pegar os dois pagamentos de R$ 600 e fasear de forma que você cubra três meses. É mais inteligente”, disse Guedes.

Na ideia de Guedes, o pagamento poderia ser feito R$ 500 no início do mês, R$ 100 no final e duas parcelas de R$ 300 do início e final do segundo mês.

 

Com informações da Fenae

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