Está assinado o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos Bancários da Caixa. O ato aconteceu na última sexta-feira (04), mesmo dia da assinatura da nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária em todo o país. A nova CCT foi possível após aprovação em assembleias de bancários em sindicatos de todo o país do acordo entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Após muita luta e reivindicações, os trabalhadores Caixa conseguiram assegurar os direitos. Uma das principais conquistas foi o Saúde Caixa para todos. Cerca de dois mil empregados que estavam sem o plano de saúde, entre eles as pessoas com deficiência, poderão receber o benefício. Outra conquista importante é a garantia da PLR e a PLR social para os empregados do banco.
Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto, essa foi uma conquista fundamental para os trabalhadores da Caixa. “A assinatura do Acordo Coletivo é uma vitória dos empregados da Caixa. Estamos vivendo uma crise profunda por conta da pandemia e da economia. Além disso, esse governo e a direção da Caixa seguem atacando os trabalhadores, retirando direitos e enfraquecendo o papel da Caixa com a agenda privatização. Essa conquista mostra que unidos, os trabalhadores da Caixa são mais fortes”, afirmou Takemoto.
A coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt, destacou que os trabalhadores venceram uma grande batalha.
“O acordo coletivo refletiu exatamente o que nós debatemos em mesa e o que foi aprovado pelas assembleias. Não poderia ser diferente disso. Nosso foco agora é fazer alguns estudos para pensar na sustentabilidade do nosso plano a partir de 2022 e outra cobrança importante é para que os novos empregados já possam ser incluídos no plano de saúde. Temos cobrando também melhores condições de trabalho, principalmente para os colegas que estão na rede”, avaliou Fabiana
Assinatura da Convenção Coletiva
O acordo assinado com a Fenaban garante para este ano reajuste de 1,5% mais abono de R$ 2.000 e a reposição do INPC para demais verbas como vale-alimentação e vale-refeição, assim como para os valores fixos e tetos da PLR. Para 2021, haverá aumento real de 0,5% (INPC + 0,5%) e aumento real de 0,5% para salários.
“Esse acordo é resultado de muito trabalho, muita negociação feita pelo Comando Nacional, que é muito plural e tem muita unidade. Representamos em torno de 90% da categoria. Tivemos assembleias virtuais de fechamento com um público recorde votando. Foi com uma representatividade muito grande, com mais de 110 mil bancários que participaram dessas assembleias. Isso é muito importante”, falou no evento de assinatura a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Presente à cerimônia de assinatura, o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sergio Nobre, destacou a importância do acordo. “Vivemos uma crise inédita em nosso país e construir um acordo que preserva os salários por dois anos é muito importante. O acordo é simbólico porque mostra um caminho para as demais categorias. Ressalto que na maioria das categorias ainda se luta pelo direito de se sentar à mesa de negociação para discutir as demandas”, disse Sergio Nobre.