A Fenae completará 50 anos no dia 29 de maio, uma organização bem consolidada na promoção do bem-estar do pessoal da Caixa e na atuação coletiva em defesa dos direitos da categoria. A entidade mostra que atinge seus propósitos cada vez que alcança melhores condições de trabalho, quando lutas pelos reajustes dos salários da categoria e atua pelo respeito à dignidade profissional em nome de cada empregado da Caixa da ativa e de aposentados. Todas as lutas são atreladas à defesa do maior banco público brasileiro, que há 160 anos contribui para o desenvolvimento do país.

Desde 1971, quando foi criada durante o 6º Congresso Nacional das Associações de Pessoal, em Curitiba (PR) e entidade definiu o compromisso de representar os empregados do banco e desde então garantir “por nenhum direito a menos”.

De lá para cá muitas campanhas, atos e mobilizações foram conduzidas pela Fenae, no início ainda sem a força dos sindicatos, mas depois do direito à sindicalização, a entidade passou a atuar de forma conjunta com outras, em defesa dos empregados.

Há desde parcerias vitoriosas com o movimento nacional da categoria bancária, até a atuação articulada com entidades do movimento sindical e dos movimentos sociais, passando por lutas pontuais pelo direito à moradia, direito de greve, jornada de 6 horas, direito à sindicalização, plano de cargos e salários, estabilidade no emprego, aposentadoria complementar (Funcef), plano de saúde (Saúde Caixa), reajustes salariais e condições dignas de trabalho.

A busca para ampliar a contratação de mais empregados pela Caixa, ainda mais agora que o coronavírus disseminou-se pelo país, é uma luta permanente das entidades do movimento associativo. Desde a sua origem a trajetória da Fenae é marcada pelos acontecimentos que impulsionam a organização e a mobilização dos empregados da Caixa por todo o país. Surgiu como uma pequena associação, mas depois amadureceu na forma de uma entidade combativa, forte e representativa.

Relembre algumas lutas e conquistas: 

1974 – Conquista do Plano de Cargos e Salários (PCS) e a reclassificação de cargos por tempo de serviço dos empregados da Caixa.

1983 – Início da mobilização dos auxiliares de escritório por isonomia e plano de cargos e salários.

1985 – Dia 30 de outubro, em uma greve histórica, todas as unidades da Caixa tiveram atividades paralisadas por 24 horas, com adesão de quase 100% dos empregados. Os economiários conquistam jornada de seis horas e o direito à sindicalização e passam a ser considerados bancários. (Período do Governo Sarney, de marco de 1985 a março de 1990).

1990 – Fernando Collor de Mello toma posse como Presidente da República (1990/1992), em 15 de março. Em 18 de junho, 2.500 empregados concursados foram demitidos pelo presidente Collor. Inicia-se uma a campanha “Readmitir para não destruir a Caixa – Um banco social”, conduzida pelas entidades sindicais e associativas; liminares são deferidas pela Justiça do Trabalho nos Estados para a reintegração dos demitidos. Foram readmitidos 1.640 empregados e depois readmitidos em 92 os restantes.

1995/2002 – O desmonte do Estado brasileiro da política neoliberal continua com o presidente Fernando Henrique Cardoso. A mobilização da categoria impediu a privatização da Caixa, com atuação da Fenae; Integração na coordenação do Comitê Nacional em Defesa dos Bancos Públicos; Articulação com a Frente Parlamentar Municipalista (prefeitos e lideranças municipais e estaduais) com ações em defesa da Caixa.

2003 – Fim da política de reajuste zero; Revogação do RH 008, que permitia demissões sem justa causa no banco; Retomada de benefícios para técnicos bancários; Retomada das contratações pela Caixa; e fortalecimento do papel social da instituição.

2004 – Reestruturação do custeio do Saúde Caixa; Retorno dos demitidos pela RH008; Empregados Caixa passaram a fazer parte da campanha unificada e ganhos na Participação dos Lucros e Resultados (PLR).

2005 – Retorno do Auxílio-alimentação para aposentados até fevereiro de 1995; Regulamentação da função de Caixa.

2006 – Democratização na gestão da Funcef; Criação do Novo Plano.

2007 – Adiantamento de férias em 10 parcelas Manutenção do Saúde Caixa aos aposentados pelo INSS

2009 – Unificação das tabelas do PCS da carreira administrativa; Restabelecimento das Promoções por merecimento no âmbito do PCS

2010 – Instituição da PLR Social, com percentual de 4% do lucro líquido para ser distribuído linearmente entre todos os empregados; Implantação do PFG.

2011 – Estabilidade na função por 180 dias para empregados afastados por motivo de saúde. CCV para aposentados. 

2013 – Pagamento integral horas extras para agências com até 15 empregados; Constituição de fórum paritário para debater condições de trabalho. 

 

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