“O momento é de unidade, reflexão, sem perder a perspectiva de defesa do patrimônio público”, afirmou o presidente da Fenae, Jair Ferreira, durante a Sessão Especial Alusiva aos 50 da Federação dos Bancários da Bahia e de Sergipe e Em Defesa dos Bancos Públicos, na tarde desta segunda-feira (6/5), na Assembleia Legislativa de Sergipe.

Além do presidente da Federação das Associações do Pessoal da Caixa, a solenidade trouxe a Sergipe a representante do Conselho de Administração da Caixa e presidente do Comitê em Defesa dos Bancos Públicos, Rita Serrano. Ambos compuseram a mesa e tiveram a oportunidade de falar sobre a conjuntura atual e os riscos impostos pelo governo federal aos bancos públicos, assim como fizeram a presidente do Sindicato dos Bancários (SEEB/SE), Ivânia Pereira, Augusto Sérgio Vasconcelos (SEEB/BA), o coordenador e economista do Dieese Luís Moura, o presidente da FEEB BA/SE, Hermelino Neto e Rita Josina (AFBNB).

Jair Ferreira explicou que nesta quarta-feira (8/5) será lançada uma Comissão Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos. “Espaços como este aqui na Assembleia Legislativa de Sergipe são muito importantes para nós. É preciso dialogar com a sociedade. A população precisa saber o que significa tirar a Caixa do mercado, tirar o Banco do Brasil, o Banese, acabar com os bancos públicos que são os únicos que fazem financiamento de longo prazo”, afirmou.

Segundo o presidente da Fenae, em Sergipe, 97% das operações de crédito ativas são realizadas por bancos públicos; no crédito imobiliário a Caixa é responsável por 84,1% dos financiamentos e os bancos privados não possuem nenhuma operação.

Em sua exposição, Rita Serrano avaliou os riscos reais de privatização da Caixa. “O governo anunciou privatização da área de seguros da Caixa, a área de cartões, a área de Fundos Administrados, extremamente rentável, e as loterias como um todo. Vamos imaginar que a Caixa seja uma mesa com quatro pés, se eu tiro três pés da mesa, como essa mesa vai se sustentar? Então se privatizar todas essas operações num médio prazo a Caixa não se sustenta. No Banco do Brasil e na Petrobras não é diferente. O governo diz que só vai privatizar as refinarias, mas então o que vai sobrar? O projeto de privatização está posto. Com a privatização das áreas mais rentáveis, vai sobrar 4 mil agências e 80 mil trabalhadores, um baita passivo. Cabe aos trabalhadores e à sociedade não permitir que isso aconteça porque a Caixa não é um banco de um governo, é um banco centenário do estado brasileiro, já passou por vários governos e é um banco fundamental para o desenvolvimento do País”, explicou.

O presidente da APCEF/SE, Diogo Melo, e a diretora de Relações Institucionais da APCEF/SE, Adelaide Santos, acompanharam junto a vários colegas da Caixa a sessão solene, muito importante para o fortalecimento da luta em defesa dos Bancos Públicos.

“Para nós da APCEF/SE este é um debate fundamental. Estamos nos organizando para trazer Rita Serrano e Jair Ferreira para Sergipe em outra ocasião. Queremos aprofundar este debate que é muito importante para todo o Brasil”, observou o presidente da APCEF/SE, Diogo Melo.

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