Na próxima terça-feira (12), a Caixa Econômica Federal completa 160 anos. A data será marcada por mobilizações em todo o país, promovidas pelas entidades representativas dos empregados do banco, como parte da campanha de valorização da categoria lançada em 28 de dezembro para chamar atenção da sociedade sobre a importância do trabalho realizado pelos trabalhadores da empresa, especialmente em 2020, ano marcado pela crise sanitária da Covida-19.

Graças ao esforço da categoria, apesar das condições precarizadas de trabalho, quase metade da população, ou seja cerca de 120 milhões de brasileiros foram atendidos pelo banco. A Caixa assumiu, em tempo recorde, o pagamento do auxílio emergencial e outros benefícios emergenciais.

Também foi graças ao trabalho dos empregados Caixa que o Brasil promoveu a bancarização de 38 milhões de cidadão que estavam invisíveis aos olhos do governo federal. Resultado da expertise dos empregados, o banco digital já entrou na mira da agenda privatista do presidente da Caixa, Pedro Guimarães e do ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Para garantir à população condições de enfrentar a crise da pandemia, os trabalhadores se desdobraram em jornadas exaustivas, sofrendo riscos de contaminação nas agências lotadas e com quadro reduzido de trabalhadores. Além disso, metas desumanas têm acompanhado o empregado desde o início da pandemia”, destaca o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto.

Segundo o dirigente, embora a direção do banco tenha assumido o compromisso de diminuir as metas, continuam a pressão e cobrança por metas desumanas, que adoecem cada vez mais os trabalhadores.

Além da Fenae, estão à frente da campanha a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), as Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs) e a Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa (Fenag).

“A nossa luta é por mais respeito, mais contratações e condições de trabalho dignas. ”, defende a secretária da Cultura da Contraf/CUT e coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt. Segundo ela, a ampliação do quadro de empregados além de aliviar a sobrecarga existente hoje também implicará em atendimento melhor para a população.

A Caixa tem um déficit hoje de quase 20 mil postos de trabalho. Esse número deve ser maior, por conta do último Programa de Demissão Voluntária (PDV), realizado pela empresa. Os números dos desligamentos deste último PDV ainda não foram divulgados.

As entidades representativas dos empregados da Caixa também defendem a manutenção do home office durante a pandemia. Em mesa de negociação ocorrida no dia 3 de dezembro, a Caixa informou a prorrogação até dia 31 de janeiro. “Vamos continuar cobrando que se o cenário da pandemia não melhorar que esse prazo seja alongado. O home office é melhor forma para cumprir o distanciamento social. Também estamos cobrando a Caixa que os protocolos de segurança contra cominação sejam efetivos, como Higienizações constates, álcool gel e uso de máscaras. Ainda temos os colegas que estão trabalhando presencialmente e eles precisam de segurança”, enfatizou a coordenadora da CEE/Caixa.

Está também na pauta de campanha de valorização dos empregados, a defesa da Caixa 100% pública e voltada para o desenvolvimento econômico e social do país. O objetivo é denunciar os ataques que o banco vem sofrendo com o governo fatiando suas áreas mais rentáveis.

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