A Campanha Janeiro Branco foi criada em 2014 por um grupo de psicólogos de Minas Gerais com a proposta de conscientizar sobre a importância da prevenção ao adoecimento mental.  Segundo os idealizadores da campanha, o mês de janeiro foi escolhido por representar um momento de reflexão e esperança com a chegada de um novo ano. Assim como no Outubro rosa e Novembro azul, os profissionais de saúde querem chamar a atenção para esse tema tão negligenciado.

Nesse ano, o pacto pela Saúde Mental da humanidade ganha ainda mais significado já que em muitos países, inclusive no Brasil, os psiquiatras alertam para um “tsunami” de problemas de saúde mental devido à pandemia de coronavírus. 

Especialistas constataram que a pandemia e o teletrabalho acabaram desencadeando uma serie de vulnerabilidades como ansiedade, nervosismo ou tensão, perturbação de sono e uso abusivo de álcool e medicamentos principalmente entre os trabalhadores de serviços essenciais, como os bancários. 

A saúde mental dos bancários já acendeu alerta outras vezes. No primeiro semestre 2019, pesquisas encomendadas pela Fenae identificaram que quase 20% dos trabalhadores da Caixa sofriam com depressão e ansiedade e 19,6% buscam acompanhamento regular psicológico ou psiquiátrico. 

Os dados da OMS mostram que o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas no mundo (9,3% da população) e 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão. Para piorar, no fim do ano passado, o Governo Bolsonaro anunciou que pretende revogar cerca de cem portarias sobre saúde mental. Os programas que serão desabilitados têm como foco a população em situação de rua e em pessoas com transtornos mentais.

A Fenae criou a campanha permanente “Não Sofra Sozinho” para prevenir o adoecimento mental no trabalho. Para os trabalhadores que estão se sentido depressivos, ansiosos, angustiados, a Fenae criou um e-mail para receber relatos e oferecer suporte psicológico. Basta enviar a mensagem para naosofrasozinho@fenae.org.br.

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