A mobilização dos empregados Caixa contra a privatização do banco e o desrespeito da direção com os trabalhadores durante a pandemia vai tomar conta das redes sociais nesta quinta-feira (23). Com a hashtag #MexeuComACaixaMexeuComOBrasil, o objetivo é chamar a atenção da sociedade para a importância do banco público para os brasileiros e para os reais interesses do governo em privatizar o banco. E estes não são para melhorar a vida da população.

“Nós queremos mostrar para as pessoas a importância de manter a Caixa 100% pública para continuar os programas sociais, que são indispensáveis para a população mais pobre. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães e o ministro da Economia, Paulo Guedes, já estão anunciando a venda de áreas estratégicas do banco. Não vamos nos deixar enganar – a privatização da Caixa já está começando”, alerta Sérgio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae).

Takemoto lembra a solicitação feita para que o pagamento do auxílio emergencial não ficasse centralizado na Caixa. A medida teria evitado filas e aglomerações que puseram em risco de contaminação os empregados e a população. “Mas nenhum banco privado participou. Qual é o interesse deles em atender os pobres? É a Caixa, enquanto banco público, que socorre a população e o País em tempo de crise, mantendo os programas sociais, emprestando dinheiro para as micro e pequenas empresas, fazendo a roda da economia voltar a girar. Se virar banco privado, acaba o papel social do banco. O interesse será apenas o lucro”, avalia.

Para Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa), a ação #MexeuComACaixaMexeuComOBrasil ganha ainda mais importância nesta semana, quando o banco deixou a cargo das chefias das áreas o retorno presencial ao trabalho.“Em meio à pandemia, a direção do banco está agindo da mesma forma, mas, neste caso, a responsabilização será civil e criminal, pois o retorno presencial ao trabalho representa uma ameaça às vidas das pessoas, e tudo indica que, mais uma vez, a direção da Caixa irá lavar as mãos caso ocorra alguma fatalidade”, alertou Dionísio.

Na semana passada, no dia 16 de julho, um documento enviado aos gestores pela direção da Caixa informou que não haveria prorrogação automática do trabalho remoto, cabendo ao gestor decidir se o empregado volta ao trabalho presencial ou permanece em home office. “Informamos que a partir de 17/07/2020 a prorrogação do Projeto Remoto Excepcional ocorrerá de acordo com as diretrizes de cada vice-presidência, sempre observando as orientações de Saúde e Segurança do Ministério da Saúde”, dizia o texto.

No entanto, segundo Dionísio, não houve nenhuma diretriz das vice-presidências sobre o assunto. “Não há nenhuma orientação das vice-presidências. A responsabilidade sobre a perda de vidas, as contaminações, os problemas com os decretos municipais e estaduais vão cair nas costas dos gestores”, avaliou.

Em uma live realizada na mesma data, a vice-presidente de Pessoas, Girlana Granja Peixoto, confirmou a informação – o retorno ao trabalho remoto ficaria a cargo das chefias. Ainda na live, o vice-presidente de Rede de Varejo (VIRED), Paulo Angelo Souza, evidenciou o descaso da direção com a saúde e a vida dos empregados ao dizer que estes devem estar onde são mais rentáveis ao banco – ou em casa ou no teletrabalho.

Participe! 23 de julho/ Dia de Luta nas redes sociais – Mobilize colegas, familiares e amigos para participarem desta ação em defesa dos trabalhadores e da Caixa 100% pública. Use a hashtag #MexeuComACaixaMexeuComOBrasil nas publicações no Twitter, Facebook, Instagram e demais redes. Participe! Defenda a Caixa, defenda o Brasil.

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